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Palafitas urbanas

Quem mora ou já visitou cidades montanhosas como Belo Horizonte (minha cidade) ou por exemplo Petrópolis com certeza já viu tais edifícios e com certeza se espantou como um Arquiteto foi capaz de entregar um projeto dessa forma.

Prédio no bairro Buritis, Belo Horizonte

Prédios que são sustentados por uma estrutura aparente, a mostra, uma área não aproveitada, que se destoa da parte de cima da edificação, lembrando as palafitas do povo ribeirinho.

Quando criança sempre olhava esses prédios e tinha a impressão de que eles ainda estão por acabar, que estão em construção.

Não estou julgando a questão técnica do projeto estrutural, pois sei que o mesmo é capaz de sustentar o edifício, mas sim a questão estética e a preguiça de muitos arquitetos de não usarem o terreno a seu favor.

Eu nas minha aulas de topografia, sempre fui incentivado pela minha professora e orientadores a aproveitar o terreno natural, evitando ao máximo o deslocamento de terra e a comodismo de plainar um terreno para a implantação de uma edificação.

Além desse desfavor a vista da cidade existe um gasto enorme em estrutura e dinheiro que é deixada ao nada, pela simples falta de vontade ou pelas plantas prontas que algumas construtoras insistem em usar.

Não serei aquela pessoa chata que só crítica e não mostra o outro lado.

Conjunto Pedregulho, no Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy- 1947

Temos no Rio de Janeiro um ótimo exemplo de um edifício que foi projetado de modo a preservar esse espaço "em baixo" do nível de acesso, o Conjunto Pedrugulho do Arquiteto Affonso Eduardo Reidy.

Corte Conjunto Pedregulho

Nesse corte pode-se perceber que o acesso se da no "meio" do prédio, um pilotis, uma área comum a todos os moradores. Com isso o arquiteto consegui 2 andares no nível abaixo da rua.

Alguém de aproveitar o espaço que poderia ser desperdiçado, dispensou o uso de elevadores, pois mesmo tendo mais de 4 andares (número máximo de andares de uma edificação sem elevador) é possível chegar no andar mais alto, sem precisar subir desde o primeiro andar.

Outro exemplo é a Casa da Cascata do Arquiteto Frank Lloyd Wright, Estados Unidos.

A casa esta no em cima de um rio que passa na propriedade, a base dela são as pedras do rio, que em alguns pontos superam o nível do andar inferior e fazerem parte da chaminé, trazendo parte da cascata para o interior da casa.

Pois bem, existem formas diferentes de pensar um terreno acidentado.

Qual vocês preferem?

Até mais.

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